segunda-feira, 1 de junho de 2009

Copa - R$ 6 bi para agilizar o trânsito

Fábio Fabrini - Estado de Minas







(http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Imprensa/Melhorias%20vi%C3%A1rias)


Para mudar a cara de sua rede de transporte até a Copa de 2014, Belo Horizonte terá de investir nada menos que R$ 6,34 bilhões. A soma financiará os projetos apresentados à Fifa pelo município e o estado, que incluem a expansão do metrô e a abertura de avenidas varando a cidade, além da instalação, em todos os grandes corredores, de sistemas para deslocamento rápido de ônibus (BRT, na sigla em inglês), o chamado “trem sobre rodas”. Se executado, o ambicioso pacote deixará um legado de infraestrutura para a capital mineira, cujo crescimento da frota atravanca cada vez mais a mobilidade. Mas a verba estratosférica, que terá de vir do governo federal e de empréstimos, não está assegurada. Caso os cofres não se abram, a prefeitura já tem um plano B, mais modesto.



A esperança é de conseguir a inclusão de todas as obras no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, que o presidente Lula prometeu anunciar após a definição das cidades-sede, feita ontem. A lista de intervenções não se restringe ao entorno do Mineirão, palco dos jogos. Começa por mudar o mapa de ruas e avenidas, com a construção de quatro corredores alternativos à Avenida do Contorno, ao Anel Rodoviário e outras grandes artérias. O objetivo é facilitar a ligação entre regiões distantes, sem a necessidade de passar pelo Centro, e desafogar as ligações já construídas. Todas as novas vias constam do Plano de Estruturação Viária (Viurbs) de BH, velho conhecido da população.





Um dos corredores ligará o Barreiro à Região Sul, próximo à saída para o Rio de Janeiro. Outro também partirá do Barreiro, na altura do Anel Rodoviário, e cortará a cidade no eixo Norte-Sul, pelas regiões Noroeste, Pampulha e Venda Nova. Ele dará acesso a mais uma rota, que sairá de Venda Nova, passará pela Região Norte e acabará na quarta nova via projetada. Trata-se de um círculo, batizado pelos técnicos da prefeitura de Via 710, que integrará várias regiões e as avenidas dos Andradas, José Cândido da Silveira e Bernardo Vasconcelos. O Anel tradicional terá pelo menos 17 intervenções, que incluem a construção de marginais, viadutos e trincheiras nas interseções.



Nas grandes avenidas, o maior investimento será em dar prioridade para o transporte público. Os ônibus correriam em pistas fechadas, para tirá-los dos engarrafamentos, a exemplo do que ocorre em Curitiba (PR) e Bogotá (Colômbia). O passageiro esperaria em estações, nas quais pagaria a passagem previamente e seria municiado de informações, como o tempo restante para a chegada do veículo. O embarque seria em nível, com mais rapidez. O BRT mais importante é o das avenidas Antônio Carlos e Pedro I, mais próximas ao Mineirão.Mas também estão previstos circuitos na Nossa Senhora do Carmo, Cristiano Machado, Amazonas, Pedro II e Carlos Luz. Nas três últimas, os corredores seriam junto ao canteiro central, com abertura das portas à esquerda do veículo.





Pelo projeto, pelo menos 40 vias do Centro terão tratamento semelhante, com prioridade para os ônibus. A rede permite que o cidadão atravesse a cidade, passando pela área mais conturbada, sem interferência do tráfego misto. “A velocidade média do transporte coletivo, que é de 6 km/h, passa para 30km/h”, compara a consultora técnica da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, Maria Fernandes Caldas.



Exceto as novas linhas do metrô, que dependem de assertivas entre os governos federal e estadual para saírem, as intervenções viárias e no sistema de ônibus custariam R$ 3,4 bilhões ao município, que sabe das dificuldades para obter a verba, embora a Copa crie ambiente favorável.






Os financiamentos internacionais consomem tempo e as fontes de recursos devem ser as tradicionais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Orçamento da União.



Diante disso, a prefeitura preparou seu plano B: na falta de verba para tudo, o pacote seria fracionado em três conjuntos de prioridade. O primeiro seria a reforma do Anel Rodoviário e a implantação do BRT nas grandes avenidas, ao custo de R$ 1,7 bilhão. O segundo, orçado em R$ 950 milhões, prevê a construção de dois corredores (Barreiro a Venda Nova e a Via 710). O terceiro, de R$ 770 milhões, tiraria do papel as duas artérias restantes. “Se sair o mais básico, já será uma revolução para a cidade”, constata fonte oficial.



O presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, adianta que a empresa trabalhará para instalar o Controle Inteligente de Tráfego (CIT) – sistema que regula a espera nos semáforos de acordo com o volume de tráfego – nos grandes corredores. Os investimentos incluem câmeras para monitoramento do tráfego, painéis eletrônicos de mensagem e a ampliação da central de controle das tecnologias, que hoje funciona no Buritis, na Região Oeste. “Uma das hipóteses é transferi-la para o alto de um prédio na área central”, afirma.



(*Reportagem e imagens retiradas do site Superesportes)

3 comentários:

Andre disse...

Quem entende sabe que não é tão simples. Se obra resolvesse o problema, Nova Iorque não teria problema de transito. Essas obras vão dar um novo folego ao transito sim, mas daqui ha 50 anos esse já vai estar novamente saturado. É sempre assim... Ao inves de aprendermos e inovarmos, repetimos os mesmos erros. Foda né!

Saulin disse...

Além de um belo espetaculo...

Receberemos grandes investimentos para infra-estrutura da cidade...

Todos sairão ganhando!!!!

Vamo que vamooooo!! 2014 é nois no mineirão!!

Eduardo Caram disse...

Acho que tudo evolui, e essas obras traram grandes beneficios para a cidade. Mas como tudo evolui, esperamos que depois disso não parem as obras da cidade, pois o turismo irá aumentar e precisamos investir ainda mais no transporte público.